Como funciona um coworking internacional?

Os espaços conhecidos como coworking são um recurso cada vez mais procurado por profissionais liberais para exercer suas atividades em um ambiente com toda a infraestrutura necessária para receber gente das mais diversas áreas. Agora, já imaginou vivenciar tudo isso em uma viagem ao exterior?

Essa é a premissa do Unsettled, cuja tradução para o português se aproxima de algo como  “não estabelecido” ou “não assentado”. O nome pode ser complicado de traduzir, mas a essência é de fácil entendimento: ser um coworking internacional voltado a uma comunidade de jovens profissionais viajantes por meio do que eles chamam de “retiros imersivos”.

Os cofundadores Jonathan Kalan e Michael Youngblood explicam no site oficial que essas oportunidades são projetadas para levar o trabalho, a vida e as aventuras das pessoas para além das fronteiras tradicionais. “Não importa se você está trabalhando remotamente em tempo integral ou passando por uma transição de carreira intencional, nós oferecemos tudo o que você precisa para se sentir conectado, confortável e colaborativo em um novo ambiente: acomodações privadas, espaços de trabalho compartilhados, especialistas locais, workshops, aventuras e uma incrível comunidade profissionais”, explicam.

Setor de coworking em crescimento

O setor de coworking está em franca expansão não apenas no Brasil como no mundo todo. Uma recente pesquisa chamada 2017 Global Coworking Survey traz um panorama geral desse crescimento: a quantidade de espaços coworking no globo já chegou a 13,8 mil, segundo os dados mais recentes, de outubro do ano passado. O número de pessoas que frequentam os coworkings teve um aumento de 41% no último ano, alcançando a marca de 1,18 milhão de pessoas.

Diante desse quadro, não é de se espantar que os espaços coworking já tenham se instalado em locais menos óbvios e se tornem cada vez mais específicos, buscando ser a solução para um certo grupo de pessoas. É isso que o Unsettled faz ao disponibilizar viagens de um mês para diversos espaços ao redor do mundo, incluindo cidades desde Barcelona e Porto até Cidade do Cabo e Bali.

Como funciona

A ideia é que o público seja capaz de conhecer novas pessoas e passarem por uma espécie de reciclagem profissional sem perder contato com seu emprego nem lugar de origem. “Nós criamos a estrutura necessária ao longo do mês para que você possa conhecer as diferentes atividades, oficinas e pessoas que desejar”, pontuam.

A maioria dos dias são dias de trabalho durante o período, porém, são não estruturados (“unsettled”), para que os participantes possam trabalhar no espaço de coworking, em um café, na praia ou em um parque, dependendo do destino. “Temos a tendência de fazer uma refeição em grupo uma vez por semana, em que todos podem conversar uns com os outros, bem como diversos outros jantares, eventos, atividades e surpresas ao longo de cada semana que todos são convidados a participar”.

Quanto custa

Se você está preocupado com o preço que essa experiência vai custar, saiba que o objetivo dos organizadores é que os participantes gastem menos ou o mesmo que gastaria durante um mês no local onde eles vivem atualmente – embora isso varie bastante de acordo com a cidade em questão. “Cada experiência é diferente, mas nosso objetivo é torná-las acessíveis e praticáveis”, escrevem. Em termos práticos, o período de um mês varia entre 2 mil dólares por mês para destinos mais baratos até 3 mil dólares para destinos mais caros, com hospedagem, acesso livre ao coworking, eventos e workshops, internet, chip com dados móveis, entre outras facilidades. Que tal, hein?

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